Em algum lugar do passado...
O discípulo tinha um encontro marcado com Niestévisky no seu gabinete, era uma reunião importante para discutir uma nova abordagem de estudo sobre energia nuclear que o mestre estava desenvolvente. Parece que Niestévisky já estudou tudo o que havia para estudar a respeito de fusão e fissão nuclear, e agora ele começaria a tentar uma nova técnica, a infusão nuclear. Não sei ao certo sobre o que se trata, mas me parece que é algo relativo a mergulhar urânio em água quente, acondicionado em saquinhos de chá. Bem, eu acho isso meio esquisito, mas afinal, é bem provável que eu, com o meu limitado entendimento, não esteja alcançando a real complexidade e importância de tal estudo.
Na hora marcada o discípulo chegou para a reunião, mas para a sua surpresa, não encontrou ninguém. Niestévisky não costumava faltar aos seus compromissos, principalmente nos marcados em seu gabinete, já que ele passa a maior parte do seu tempo lá, dormind... meditando. Mas havia uma boa razão para a sua falta naquele dia. Colado à porta havia um bilhete que explicava tudo, cujo conteúdo é o seguinte:
Caro discípulo, sinto muito por não comparecer ao nosso compromisso, mas eu precisei sair para caminhar um pouco e refletir sobre as coisas que estão se passando agora na minha cabeça. É que hoje eu fui tomado de assalto pela felicidade, pois recebi uma carta de uma antiga namorada, de quem há muito tempo eu não tinha notícias. Li a carta com uma certa dificuldade por causa das lágrimas, ela chegou bem na hora em que eu fazia uma salada de cebolas. O texto era muito bonito e sentimental, cheio de reminiscências do nosso passado em comum, e com algumas passagens mais picantes, que não mencionarei aqui pois sou um cavalheiro, e um cavalheiro não comenta essas coisas. Ela me disse que estava com saudades e que gostaria de me ver novamente e, quem sabe, reatar o nosso antigo, porém, profundo, verdadeiro e inesquecível relacionamento.
Junto com a carta veio uma fotografia, e confesso que fiquei estremecido ao ver aquela imagem. Na foto, que segundo ela, foi tirada especialmente para mim, a minha amada mostrava-se toda sexy, com um dos seios levemente à mostra, atirando um beijinho em minha direção, enquanto estava sentada aos pés de uma árvore centenária que, novamente segundo ela, foi plantada com as suas próprias mãos. Bem, como eu disse, fazia muito tempo que não tinha notícias dela...
É claro que já preparei uma resposta à altura, na forma de um bilhete curto, porém apaixonado, que aliás, estou indo postar no correio agora mesmo. No bilhete eu escrevi o seguinte:
“Minha amada imortal, guarda contigo, no lugar mais bonito da tua alma, o meu melhor sorriso, guarda-o bem, para que me possa devolvê-lo no dia em que se der o nosso reencontro.”
Juntamente com o bilhete, enviei, numa caixinha, a minha dentadura preferida, como prova da sinceridade do que eu lhe dizia. Bem, é isso, volto logo. Se alguém ligar, favor anotar os recados.
Na hora marcada o discípulo chegou para a reunião, mas para a sua surpresa, não encontrou ninguém. Niestévisky não costumava faltar aos seus compromissos, principalmente nos marcados em seu gabinete, já que ele passa a maior parte do seu tempo lá, dormind... meditando. Mas havia uma boa razão para a sua falta naquele dia. Colado à porta havia um bilhete que explicava tudo, cujo conteúdo é o seguinte:
Caro discípulo, sinto muito por não comparecer ao nosso compromisso, mas eu precisei sair para caminhar um pouco e refletir sobre as coisas que estão se passando agora na minha cabeça. É que hoje eu fui tomado de assalto pela felicidade, pois recebi uma carta de uma antiga namorada, de quem há muito tempo eu não tinha notícias. Li a carta com uma certa dificuldade por causa das lágrimas, ela chegou bem na hora em que eu fazia uma salada de cebolas. O texto era muito bonito e sentimental, cheio de reminiscências do nosso passado em comum, e com algumas passagens mais picantes, que não mencionarei aqui pois sou um cavalheiro, e um cavalheiro não comenta essas coisas. Ela me disse que estava com saudades e que gostaria de me ver novamente e, quem sabe, reatar o nosso antigo, porém, profundo, verdadeiro e inesquecível relacionamento.
Junto com a carta veio uma fotografia, e confesso que fiquei estremecido ao ver aquela imagem. Na foto, que segundo ela, foi tirada especialmente para mim, a minha amada mostrava-se toda sexy, com um dos seios levemente à mostra, atirando um beijinho em minha direção, enquanto estava sentada aos pés de uma árvore centenária que, novamente segundo ela, foi plantada com as suas próprias mãos. Bem, como eu disse, fazia muito tempo que não tinha notícias dela...
É claro que já preparei uma resposta à altura, na forma de um bilhete curto, porém apaixonado, que aliás, estou indo postar no correio agora mesmo. No bilhete eu escrevi o seguinte:
“Minha amada imortal, guarda contigo, no lugar mais bonito da tua alma, o meu melhor sorriso, guarda-o bem, para que me possa devolvê-lo no dia em que se der o nosso reencontro.”
Juntamente com o bilhete, enviei, numa caixinha, a minha dentadura preferida, como prova da sinceridade do que eu lhe dizia. Bem, é isso, volto logo. Se alguém ligar, favor anotar os recados.
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