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Mostrando postagens de 2011

DIÁLOGO SOBRE A RARÍSSIMA PANTERA NEGRA ANÃ DO ZIMBÁBUE.

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Certo dia, o Grande Niestévisky caminhava pela rua chutando coisas, falando sozinho e demostrando uma enorme irritação, e isso é uma coisa rara de se ver já que ele é um homem sempre tranquilo e possuidor de um autocontrole exemplar. Por coincidência, por ali também passava um dos seus discípulos, que ao encontrar o mestre em tal estado, resolveu ir perguntar o que havia acontecido. Discípulo: Mestre, percebo que o senhor está um pouco irritado. O que houve? Niestévisky: Um pouco não, MUITO irritado!!! Estou voltando do veterinário. Discípulo: E o que aconteceu lá para que o senhor tenha ficado assim? Niestévisky: Dois anos atrás eu comprei um filhote de pantera negra anã do Zimbábue. Por dois anos eu cuidei dela com carinho e dedicação porque se tratava de um animal raríssimo e praticamente extinto, já que eu nunca havia ouvido falar de tal espécie, e nem mesmo encontrei alguma referência de sua existência em lugar algum. Bem, para encurtar a história, tudo estava indo bem

NIESTÉVISKY SEGURANÇA LTDA.

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Estou oferecendo os serviços da minha mais nova empreitada empresarial, a NIESTÉVISKY SEGURANÇA LTDA. No texto abaixo eu descrevo um pouco do meu conhecimento e da minha vasta experiência com a nobre profissão de guarda-costas. Curriculum: Sou graduado em ninjutsu profissionalizante pelo CEFET. Também cursei o supletivo, quase completo, de técnico em mestre samurai. E por fim, mas não menos importante, sou formado como atirador de elite por correspondência (com especialização em disparo de estilingue em curta distância) no renomado curso Monitor. Além disso, eu sou desenvolvedor de uma arte marcial própria, o Niestjutisu-fu, cujo principal golpe é o chamado: “ Terrível golpe da corrida mortal do dragão desesperado em fuga ensandecida e lacrimejante. ” Esse golpe, no qual sou o único especialista em todo o mundo e além, consiste em enfraquecer o oponente fazendo com que ele se canse ao me perseguir, enquanto eu, aparentemente, fujo. Também sei desviar de balas, mas desde que seja

NIESTÉVISKY, UM HOMEM QUE ORA.

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Como todos sabem, Niestévisky é um homem com uma forte ligação com Deus, aliás, com todos eles, já que existem muitos deuses disponíveis no mercado, e como ele mesmo diz: A alma é coisa séria, não convém arriscar o futuro da vida eterna apostando todas as fichas em um só. Pois bem, sendo um homem religioso, é natural que Niestévisky dirija, eventualmente, não sempre para não parecer um puxa saco, algumas preces ao além. Como ele acredita que uma oração, para ter seu efeito maximizado, deve ser feita em uma igreja, é comum que ele a registre numa folha de papel, para repeti-la nos vários templos erguidos aos vários deuses existentes por aí. Assim ele pode repetira sua oração, palavra por palavra, o que é muito bom, já que agindo desse modo ele estará tratando a todos da mesma forma, o que evita possíveis crises de ciúmes, e sejamos francos, ter um deus, por menor que seja, irritado com uma pessoa não é nada desejável. Para registro histórico, logo abaixo está a reprodução de uma de

O DIÁRIO SEMANAL

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Niestévisky certa vez, por estar Insatisfeito com a imprensa nacional, resolveu lançar uma publicação como alternativa ao que estava circulando por aí. Apesar de possuir poucos recursos financeiros e uma equipe de funcionários bem reduzida, que se limitava basicamente a ele mesmo, e às vezes nem mesmo isso, já que quase sempre ele faltava ao trabalho, em pouco tempo saiu o primeiro número do “Diário Semanal”, o mundialmente desconhecido periódico, que circulava semana sim, semana não, isso quando o mimeógrafo funcionava. Pouco tempo depois o jornal acabou falindo, mas mesmo assim, apesar de sua breve existência, o Diário Semanal passou para a história como o criador de um novo estilo de jornalismo, o “jornalismo criativo” Esse novo e revolucionário método de abordar as notícias consiste em basicamente deixar que o jornalista de asas à sua criatividade e com isso torne a notícia mais espetacular e atraente para o leitor, afinal, segundo palavras do próprio Niestévisky: O público n

NIESTÉVISKY, O MÉDIO.

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Há males que vêm para bem e, embora seja raro, às vezes algo ruim pode surpreendentemente se converter em algo bom. O que contarei em seguida é um ótimo exemplo disso: Certa vez uma jovem estava insatisfeita com seu aspecto físico. No conjunto a garota até que não era feia, muito embora também não fosse o contrário. Era de uma beleza média, ou talvez um pouco abaixo da média, mas nada muito comprometedor. Na verdade, o maior problema com ela é que não havia nada em seu corpo que se destacasse, nenhum atributo físico que chamasse a atenção dos rapazes. Foi pensando sobre isso que a garota resolveu se submeter a uma cirurgia plástica. Não possuindo dinheiro suficiente para fazer uma mudança completa, ela optou por fazer uma plástica nos seios. Aumentar o tamanho, aperfeiçoar o formato etc. No começo ela procurou médicos renomados e experientes, mas estes cobravam muito mais do que a garota poderia pagar, por isso ela foi obrigada a ir baixando cada vez mais o seu padrão de exigência até

SOBRE ERROS, ACERTOS E DÚVIDAS.

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Como todos sabem, e quem não sabe deveria saber, eu jamais errei. Nunca consegui cometer um erro qualquer, jamais fui capaz de sentir a sensação de falhar em algo. Por isso um dia eu resolvi errar de propósito, apenas para saber como é. Mas falhei. Não vou entrar em detalhes sobre como foi a tentativa, mas o fato é que tentando errar, sem querer, acabei acertando. Então o que aconteceu foi o seguinte: Tentei errar, mas ao acertar acabei errando na minha tentativa de errar, sendo assim, falhei. Porém, acertar quando meu objetivo era errar fez com que eu errasse na tentativa de errar. Assim, a minha tentativa de errar acabou dando certo. Então obtive sucesso. No entanto, se a minha tentativa de errar deu certo, isso quer dizer que mais uma vez eu consegui acertar. Então a tentativa de errar foi um fracasso. Por outro lado... bem, para concluir, o fato é que até hoje não sei dizer se errei ou não, e provavelmente jamais saberei, pois sempre que começo a pensar sobre isso acabo me perdend

DIÁLOGO SOBRE UM POUCO DE HISTÓRIA FAMILIAR.

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O discípulo se aproxima de Niestévisky e diz: Discípulo: Ó mestre dos mestres, senhor absoluto de absolutamente tudo, aquele cuja lenda se perpetuará pelo infinito e além, ó grande sábio entre os mais sábios da terra, e de todos os planetas habitados do universo... Niestévisky: ( interrompendo bruscamente) Olha, se você continuar com esse falatório, passará o infinito e o além e a gente ainda vai estar aqui. Diga logo o que você quer, hoje estou com um pouco de pressa, estou fugindo de umas pessoas que querem me dar um diploma de reconhecimento pela minha luta em favor da causa deles. Discípulo: Mas mestre, isso não é uma coisa boa? Niestévisky: Sim, claro que é, mas o problema é que são membros do movimento gay. Discípulo: Mas ó grande, eu sempre soube que o senhor é um defensor dos direitos individuais do ser humano! Niestévisky: E sou, é justamente por isso que eles querem me fazer uma homenagem! O problema é o que está escrito no diploma. Discípulo: E o que é? Niestévisky:

Epístola cinematográfica

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Caro discípulo, diga a todos que estou bem, o hotel é confortável e a viagem foi boa. Passei por alguns contratempos, mas nada muito grave. A empresa aérea fez confusão com as bagagens e me entregou uma mala que não é minha. Pensei em reclamar e exigir a troca imediata das bagagens, mas então me lembrei que eu havia esquecido a minha mala em casa, por isso resolvi não falar nada, e já troquei de hotel para não ser encontrado. Eu sei, isso pode não parecer muito honesto, se avaliado pela perspectiva de uma pessoa não iniciada nos grandes mistérios do universo, mas esse, evidentemente, não é o meu caso. Minha visão transcendental me fez perceber que o erro da companhia aérea foi causado pela providência divina, afinal, o grande arquiteto do universo não gostaria que eu andasse por ai dando as minhas palestras sempre com a mesma roupa. Não ficaria bem para um homem da minha importância andar com roupas sujas em público. Foi por isso que o universo conspirou para que eu recebesse essa baga

DIÁLOGO SOBRE O ÓCIO PRODUTIVO

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Enquanto passava pela frente do instituto do grande Niestévisky, o vizinho, antigo desafeto do mestre, observou que este se encontrava tranquilamente sentado numa cadeira de balanço, fumando um cigarro e olhando para o nada. Nisso não havia nenhuma novidade, já que o vizinho quase sempre se deparava com a mesma cena, mas o fato é que isso, por alguma razão, o incomodava muito. Pois bem, esse incômodo foi se acumulando lentamente durante os anos, e nesse dia o vizinho resolveu partir para o ataque. Sem pedir licença, ele foi entrando nas dependências do instituto e se aproximou do mestre. Normalmente o lugar é fortemente vigiado, já que ali se encontram as respostas para muitos mistérios da humanidade, do universo, do além, e de qualquer outra coisa que você possa imaginar. Por isso o lugar era fortemente vigiado, afinal, não seria bom que essas respostas caíssem na mão de governos, terroristas, ou pior ainda, da receita federal. Mas nesse dia o vizinho teve sorte, já que o cão de guar

NIESTÉVISKY, UM EMPREENDEDOR.

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Niestévisky, utilizando seus notórios conhecimentos religiosos, psicológicos, lógicos, comerciais e qualquer outra forma de conhecimento possível para um ser humano, para um ser super-humano e até mesmo para um alienígena, e quem sabe até para um super-alienígena, montou há algum tempo, uma empresa de assessoria. É um negócio novo, marcado pelo empreendedorismo e pelo ineditismo da assessoria que presta. O que a empresa faz trata-se, segundo alguns, de uma nova ciência, segundo outros, é uma arte, e segundo outros ainda, é... bem, esses outros são inimigos do Niestévisky, então é melhor não reproduzir aqui o que eles dizem, afinal, alguma criança pode estar lendo esse texto. Segundo o seu próprio criador, o que ele faz é uma engenharia adaptativa teológica. Apesar de não ser exatamente engenharia o que ele faz, o Mestre resolveu colocar essa palavra para agradar a sua mãe, que sempre sonhou em ter um filho engenheiro. Bem, imagino que você deve estar se perguntando: “Mas afinal de cont

PEQUENO DIÁLOGO SOBRE UM ANÃO... OU NÃO.

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Certo dia, pela manhã, na hora costumeira de acordar, Niestévisky abriu a porta do seu quarto e foi fazer sua caminhada matinal pelos jardins do seu instituto. Normalmente o seu despertar não chamava muito a atenção, mas naquele dia havia algo diferente, algo inusitado, que acabou despertando a curiosidade nos seus discípulos. Naquela manhã Niestévisky não caminhava sozinho, estava caminhando na companhia de um anão. Logo os discípulos começaram a perguntar se alguém sabia quem era aquele homenzinho. Ninguém soube responder. Perguntas surgiam por todos os lados. Quem era aquele anão? O que ele fazia caminhando ao lado do mestre? De onde ele veio? Qual o sentido último de todas as coisas? ( essa última pergunta não tem nenhuma relação com o caso, mas é uma boa pergunta) Muitas perguntas, mas nenhuma resposta. Bem, aquilo era estranho, mas muitas coisas estranhas sempre aconteciam com Niestévisky. Para se ter uma ideia, o dia mais estranho de todos, foi o dia em que nada estranho acontec

DIÁLOGO SOBRE UM DISCÍPULO DEPRIMIDO.

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Percebendo que seu discípulo andava meio cabisbaixo, com ar abatido e olhar tristonho, Niestévisky resolveu perguntar o que havia de errado. O diálogo entre os dois foi o seguinte: Niestévisky: Caro discípulo, percebo que você está com algum problema. O que está atormentando sua pobre, entristecida, miserável, simplória e ignorante alma? Discípulo: Mestre, minha vida anda muito difícil, nada dá certo para mim! Tudo o que tento fazer acaba dando errado. Niestévisky: Isso é assim mesmo, são coisas da vida, não se desespere. É normal que durante a vida nos deparemos como situações ruins e aparentemente intransponíveis. Mas você sabe como é, no final... Discípulo: Sei, no final tudo da certo. Niestévisky: Bem, na verdade eu ia dizer que no final, de um jeito ou de outro, tudo termina. Mas essa sua linha de raciocínio também é boa. Discípulo: Ultimamente eu nem tenho conseguido dormir direito, me viro na cama a noite toda, só pensando no quanto a vida é difícil. Niestévisky: Bem, iss

DIÁLOGO SOBRE O JOVEM NIESTÉVISKY, E SUA FALTA DE JEITO COM AS MULHERES.

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Niestévisky nem sempre foi o homem sedutor por quem milhares de mulheres, em todo o planeta, e até mesmo em outros planetas, têm se apaixonado perdidamente nas últimas décadas. Na verdade, no começo ele era um pouco desajeitado com as mulheres, tropeçava nas palavras, ficava nervoso, suava frio etc. Mas com o passar tempo ele foi aprendendo com os próprios erros e desenvolvendo a sua técnica infalível. O diálogo que será apresentado logo abaixo retrata um pouco das dificuldades que o jovem Niestévisky enfrentou com as mulheres. Apesar de ser um pouco embaraçoso expor o Mestre desse jeito, por outro lado, isso serve para mostrar a sua incrível capacidade de superação. Numa bela tarde ensolarada, Niestévisky e sua jovem namoradinha estavam sentados num banco de praça, numa pequena cidade do interior. A conversa entre eles não estava se desenvolvendo muito bem, se é que se poderia chamar aquilo de conversa, afinal, já fazia mais de meia hora que os dois estavam lá sentados, no mais comple

DIÁLOGO SOBRE ILUMINAÇÃO

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Enquanto Niestévisky caminhava pelo jardim, verificando como estava a saúde física e mental das suas petúnias premiadas, o discípulo se aproxima e pergunta: Discípulo: Mestre, desculpe interromper, mas estou com dificuldades para meditar e preciso de sua ajuda. Como faço para meditar corretamente? Niestévisky: Simples, basta ficar parado e não pensar em nada. Discípulo: Isso eu sei, mas é complicado. Eu já tentei várias vezes, mas quando eu começo a não pensar, logo penso, “consegui, não estou pensando em nada!” E ai já estou pensando em algo, e a meditação vai por água abaixo. Niestévisky: Bem, você tem que ser paciente, a prática leva a perfeição. Discípulo: Sim mestre, é isso que estou fazendo, mas confesso que às vezes me dá vontade de desistir. Não existe alguma técnica que me facilite atingir o objetivo? Niestévisky: Sim, existe, mas é um método muito radical e perigoso, que poderá comprometer a sua mente de maneira irreversível. Discípulo: Tudo bem, estou disposto a me arriscar.

EPÍSTOLA SOBRE A TRADUÇÃO DE UMA OBRA NIESTÉVISKYNIANA.

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Caro discípulo, é com grande alegria que informo a você, e ao mundo, e ao universo todo, que acabei de escrever mais um livro, e que com ele eu adiciono mais 2.800 páginas à minha já vastíssima obra literária. Estou muito feliz com meu novo trabalho, pois esse texto possui uma particularidade interessante que o distingue das minhas outras obras. Ele foi completamente escrito em copta. Caso você não saiba, e conhecendo você como eu conheço, imagino que não saiba mesmo, o copta é uma variação do antigo idioma egípcio, com o acréscimo de palavras gregas e latinas e que era usado correntemente desde o século III D.C. Essa língua era escrita com letras gregas e seu alfabeto possuía, além das 24 letras gregas, mais outras 7, provenientes do memótico, que se destinavam a traduzir sons particulares da língua egípcia. Com o passar do tempo, o copta acabou sendo substituído pelo árabe no uso popular, mas ainda hoje ele é usado como língua litúrgica. Eu adoraria falar mais sobre minha obra, e sob

Niestévisky, e a sua tardia paixão juvenil.

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É natural que os meninos se apaixonem pelas suas professoras, bem, ao menos pelas professoras bonitas, é claro. Com Niestévisky não foi diferente, ele também se apaixonou por uma jovem e encantadora professorinha do primário. Mas essa não foi exatamente uma paixão infantil, já que Niestévisky estava, naquela época, com mais de quarenta anos. Niestévisky conheceu a jovem porque ele morava na frente da escola onde ela lecionava. Foi uma paixão arrebatadora. Ferido pela flecha do cupido, todos os dias, na hora da entrada e na hora da saída dos alunos, Niestévisky ficava parado na frente do portão da sua casa, com a cara idiota de apaixonado, vestindo o seu terno de domingo e com cabelos penteados e dentes escovados. Assim, toda vez que a jovem passava por ele, o pobre apaixonado estufava o peito, encolhia a barriga e dava um sorriso radiante, usando a sua melhor dentadura, enquanto tentava fazer uma cara sexy. Mas ela passava por ele completamente indiferente e sem nem mesmo notar a sua p